Arte parada no ar | Manifesto e relatos

Manifesto
arte parada no ar

O perigo vem pelo ar
O simples respirar é um risco
Estamos em suspenso
Atônitos
Parados

Se antes ofegantes
pelos tempos sombrios da política,
agora interrompemos a inspiração
Nosso ofício
marcado pelo encontro de pessoas
parou

Artistas isolados
Os primeiros a parar
Sem saber quando poderemos voltar

Nossos palcos cobertos de poeira
Refletores no escuro
Exposições com quadros no chão
Músicos sem plateia
Picadeiros sem graça
Sapatilhas na gaveta
Livros inéditos
Câmeras desligadas

Registramos nosso momento em imagens e textos.
Criamos, sim, dentro dos limites deste novo normal
que ainda não imaginamos
nem nas distopias mais futuristas.

Um rascunho
Um ensaio aberto
Um improviso

Um respiro
mediado por telas digitais
e máscaras

Arte parada no ar
Um retrato
e um desabafo
de criadores que resistem

Arte parada no ar | TANAHORA
Arte parada no ar | Fernando Koproski
Arte parada no ar | Fernando Koproski
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Arte parada no ar | Hélio Leites
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Arte parada no ar | Duplo Produções

A arte parada no ar é um manifesto em construção.
Nossa inspiração vem do texto “Um grito parado no ar”, de Gianfrancesco Guarnieri. A peça estreou em 1973 em Curitiba, com direção de Fernando Peixoto. A obra driblou a vigilância da ditadura de então ao usar de uma linguagem metafórica para discutir os problemas sociais. O drama fala sobre as dificuldades de se fazer arte em um tempo de repressão.

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