Arte parada no ar | Cia. Stavis-Damaceno

4 de junho de 2020

Arte parada no ar | Cia. Stavis-Damaceno

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Cia. Stavis-Damaceno

Meu figurino da peça Árvores Abatidas
Suspenso no ar
Como a vida toda, de todo mundo, dos artistas com certeza, está também suspensa no ar
Nessa pandemia
Em stand-by
Aguardando para entrar em cena
Aguardando o retorno
Porque vamos voltar
Porque precisamos voltar
Porque precisamos de arte
Como precisamos de ar
Porque arte e ar são vida
Por mais que arte
Como o ar
Pareça nada
Para alguns
Mas é tudo

Espetáculo Árvores Abatidas, da Cia.Stavis-Damaceno, aguardando o retorno das atividades para a continuidade das viagens pelo Paraná, São Paulo e outras cidades do país, junto com outros espetáculos do repertório da Companhia.  Estão também em suspenso os ensaios da nova montagem da Cia. em Curitiba e os ensaios em Maceió, da montagem de Homem ao Vento.  Além das gravações, em Curitiba, de uma série da Fox.

Rosana Stavis
Atriz
Cia. Stavis-damaceno 

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Arte parada no ar

 

Manifesto
Arte parada no ar

O perigo vem pelo ar
O simples respirar é um risco
Estamos em suspenso
Atônitos
Parados

Se antes ofegantes
pelos tempos sombrios da política,
agora interrompemos a inspiração
Nosso ofício
marcado pelo encontro de pessoas
parou

Artistas isolados
Os primeiros a parar
Sem saber quando poderemos voltar

Nossos palcos cobertos de poeira
Refletores no escuro
Exposições com quadros no chão
Músicos sem plateia
Picadeiros sem graça
Sapatilhas guardadas 
Livros inéditos
Câmeras desligadas

Registramos nosso momento em imagens e textos.
Criamos, sim, dentro dos limites deste novo normal
que ainda não imaginamos
nem nas distopias mais futuristas

Um rascunho
Um ensaio aberto
Um improviso

Um respiro
mediado por telas digitais
e máscaras

Arte parada no Ar
Um retrato
e um desabafo
de criadores que resistem

Arte parada no ar é um manifesto em construção.
Nossa inspiração vem do texto “Um grito parado no ar”, de Gianfrancesco Guarnieri. A peça estreou em 1973 em Curitiba, com direção de Fernando Peixoto. A obra driblou a vigilância da ditadura de então ao usar de uma linguagem metafórica para discutir os problemas sociais. O drama fala sobre as dificuldades de se fazer arte em um tempo de repressão.

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