Cinco filmes para entender a República brasileira

14 de novembro de 2023

Cinco filmes para entender a República brasileira

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Cena de Getúlio. Foto: Divulgação.

Uma boa forma de entendermos a história do Brasil é descobrirmos os seus detalhes por meio de livros, filmes e séries. Para celebrar o feriado da Proclamação da República, comemorado neste dia 15 de novembro, selecionamos cinco filmes que ajudam a mergulha nas muitas faces da criação do nosso país.

Os longas dão corpo a um cenário plural: desde o período colonial até os dias mais recentes. Prepare a pipoca e o guaraná e, claro, divirta-se aprendendo.

Getúlio (2014) – Dir.: João Jardim

O filme oferece uma visão intensa e íntima dos últimos dias do ex-presidente brasileiro Getúlio Vargas. Interpretado magistralmente por Tony Ramos, Vargas é apresentado em um período turbulento de sua liderança, marcado por decisões políticas difíceis e pressões crescentes.

O longa se desenrola em torno da atmosfera tensa que culminou no trágico evento de seu suicídio em 1954, explorando as complexidades da política, moralidade e as consequências de liderar uma nação em meio a crises. Getúlio é uma jornada que lança luz sobre os bastidores do poder e as decisões pessoais que moldaram a história do Brasil.

Privatizações: a distopia do capital (2014) – Dir.: Sílvio Tendler

Atenção às revelações contundentes e ao olhar crítico de Sílvio Tendler em Privatizações: a distopia do capital. Este documentário, lançado por Tendler, conhecido por suas obras engajadas, mergulha no intricado universo das privatizações ocorridas no Brasil.

Ao longo da narrativa, o filme escrutina os bastidores das decisões políticas e econômicas que deram origem a esse processo, questionando os impactos sociais, econômicos e culturais resultantes. Por meio de entrevistas e uma análise minuciosa de eventos-chave, Tendler traça um panorama abrangente das consequências das privatizações, revelando camadas profundas da distopia que o capital pode incitar.

Com uma abordagem investigativa e perspicaz, o documentário desvela não apenas os acontecimentos históricos, mas também as implicações duradouras desse capítulo na sociedade brasileira. Privatizações: a distopia do capital desafia os espectadores a refletirem sobre os rumos do país e os desafios inerentes ao equilíbrio entre interesses públicos e privados.

Lamarca (1994) – Dir.: Sérgio Rezende

Inspirado na vida do capitão Carlos Lamarca, interpretado brilhantemente por Paulo Betti, o filme narra a trajetória complexa e corajosa desse personagem real durante os anos de ditadura militar no Brasil. Lamarca, um oficial do Exército, abandona sua posição e se junta à luta armada contra o regime autoritário.

O filme explora os dilemas éticos, os conflitos pessoais e as consequências dessa escolha radical. Uma narrativa impactante que não apenas destaca a resistência política, mas também examina as dimensões humanas por trás das decisões tomadas em tempos de intensa repressão e tumulto político. Lamarca oferece uma visão poderosa sobre um capítulo crucial da história brasileira e os sacrifícios feitos por aqueles que buscaram a liberdade em meio à opressão.

Carlota Joaquina: a princesa do Brasil (1995) – Dir.: Carla Camurati

O longa é uma comédia histórica que nos transporta para o século XVIII, apresentando de maneira irreverente e humorística a intrigante vida da princesa portuguesa Carlota Joaquina, interpretada de forma brilhante por Marieta Severo. A trama se desenrola durante o período em que a corte portuguesa, fugindo das invasões napoleônicas, se muda para o Brasil. O filme aborda as complexidades políticas, sociais e pessoais que Carlota Joaquina enfrentou enquanto navegava por um mundo repleto de jogos de poder, alianças políticas e desafios inusitados.

A narrativa se destaca não apenas pela sua representação satírica dos eventos históricos, mas também pela habilidade de Carla Camurati em mesclar elementos cômicos e informativos. A interpretação carismática de Marieta Severo adiciona camadas à personagem central, transformando-a em uma figura cativante e multifacetada.

Ao unir comédia e história, Carlota Joaquina oferece ao público uma experiência única, ressaltando não apenas os eventos cruciais que moldaram o Império Brasileiro, mas também explorando as nuances humanas por trás dos personagens históricos. Uma jornada cinematográfica que entretém, faz rir e, ao mesmo tempo, lança luz sobre a rica história do Brasil colonial.

Caramuru: a invenção do Brasil (2001) – Guel Arraes

Caramuru: a invenção do Brasil é uma comédia que mergulha de maneira imaginativa nos primórdios do descobrimento do Brasil. Sob a direção de Guel Arraes, o filme nos apresenta Diogo Álvares, interpretado por Selton Mello, um náufrago português que, ao ser acolhido pelos índios tupinambás, inicia uma jornada de descobertas culturais e hilárias. A trama habilmente mescla eventos históricos com ficção, proporcionando uma visão única e divertida dos primeiros contatos entre europeus e nativos no Brasil.

Com um elenco estelar, incluindo as talentosas Camila Pitanga e Debora Bloch, o filme nos leva por uma viagem repleta de situações cômicas e surpreendentes. Além da comédia, Caramuru também explora elementos culturais, sociais e até mesmo românticos, oferecendo uma abordagem envolvente e leve à história do país.

Ao celebrar a diversidade e brincar com as peculiaridades da formação cultural do Brasil, o filme se destaca como uma obra que, além de entreter, convida o espectador a refletir sobre a riqueza e a complexidade da identidade brasileira. Uma comédia cativante que transforma a história em um espetáculo divertido e inesquecível.

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